Ganhei este livro de meu filho, a meu pedido, no Dia das Mães. Andava louca para ler alguma coisa do Vargas Llosa, algo que ainda não tinha feito.
Decepção.
O livro é um calhamaço de fatos históricos narrados sem paixão ou poesia.
Adoro romances históricos, mas este não me seduziu. Peguei-me muitas e muitas vezes com a imaginação voando para outros lugares e tinha que voltar atrás para ler: Sinal de que o livro não me prendeu.
A estória do irlandês Roger Casement é fascinante. Cônsul inglês na África e na Amazônia peruana e brasileiras, viu de perto as atrocidades que o colonialismo europeu cometeu nos países colonizados, dizimando populações indígenas e africanas, torturando, estuprando e matando em nome de uma suposta evangelização e aculturação dos povos considerados selvagens. Esta parte do livro é interessante, pois para quem não conhece ou nunca viu nada sobre o assunto pode ser esclarecedor ver a que preço os países europeus fizeram e mantiveram sua riqueza e exploraram as colônias sob seu tacão destruidor. Eu já sabia de algumas coisas a este respeito, então, para mim, pouco foi novidade, mas mesmo assim não deixou de ser interessante.
A meu ver, a parte aborrecida do livro, com nomes e datas em demasia, em detrimento de um olhar mais humano e poético sobre o personagem, é a luta de Roger Casement pela libertação da Irlanda. Motivo pelo qual, aliás, foi considerado traidor da Inglaterra por ter se aliado aos alemães e, por este motivo, condenado à morte por enforcamento.
Penso que de tudo se tira algum aprendizado e que nenhuma leitura é em vão.
Mas confesso que depois deste não me sinto atraída para ler mais nada de Vargas Llosa...posso estar enganada, mas me decepcionei com o Nobel de Literatura.
6 comentários:
Oh, céus!
Tomara que eu consiga trocar este bendito livro, pois agora perdi até a vontade de lê-lo.
Eu acho que enchem muito a bola de certos escritores que ficam famosos e aí qualquer coisa que escrevem depois, o público compra achando que deve ser bom e ficamos decepcionados.
Ahhhh, tomara que eu consiga trocar pelo da Isabel Allende então!
beijoquinhas geladas da serra.
Uai, talvez teu marido goste...acho difícil trocarem depois de 10 dias...mas vai lá e tenta...beijocas tb daqui, das minhas montanhas geladas...
Aí meninas, Glorinha e Beth, tive a sorte de saber a opinião aqui descrita com antecedência. Ufa!
Como havia te contado,Glorinha, dele só li o "Tia Júlia e o Escrivinhador"que se passa numa cidadezinha do interior do Peru, com suas peculiaridades culturais.Tbém serviu para ampliar minha visão sobre as populações andinas. Interessante.
Uma proveitosa semana.
Bjo grande, amiga.
Calu
Verdade, Glorinha? Olha, eu não conheço este autor, mas td que se relaciona com a Irlanda eu amo, nem sei bem por que. Eu gosto de ler Nora Robert's, vc conhece? Ela escreveu uma trilogia linda e que se passa na Irlanda, com seus mistérios, penhascos, lagos e muito sonho e amor.
Ah, vim tb te convidar a participar de um desafio lá no meu blog. Passa no Retratos em Degradê que tem um convite lá.
http://retratosemdegrade.blogspot.com
beijos e obrigada
Lu C.
Oi Calu querida, pois é, agora já sei como ele escreve, se bem que dizem que os livros antigos dele são melhores...desse, não gostei mesmo. Beijão,
Oi Lu,tudo bem? O livro não é como vc está pensando, é sobre a libertação da Irlanda, tudo meio chato e maçante. Não gosto da Nora Roberts, não faz meu gênero de leitura. Mas ela tem uma legião de fãs, né? Beijos, obrigada pelo convite,
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