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Setembro de ventanias
Vento leste
Vento sul
Terral
Tiram tudo do lugar
Varrendo
Expulsando rebentos
Rebentando
A terra
Em cores novas
Novas ideias
Levando o velho
Inovando
O antigo
Limpando as teias
E as almas
O vento sopra e bate portas
As janelas teimam em sacudir-se
Nos varais
As roupas dançam
Quase saindo a bailar
Dão-se as mãos
Os casacos e os vestidos
Num improvável pas de deux
Enquanto a sinfonia
Lufa e sopra
Venta, Setembro
Mês de por tudo
Em desordem
Para depois ordená-las
Mês de abalar
Sacolejar
Trocar
Dar lugar
Ventos de mudança
Assim é Setembro
Em minha Vida
Onde num ano longínquo
Nasci
Mudei
Troquei de pele
Mil vezes
Ouvi janelas e portas
Baterem
Continuamente
E é sempre em Setembro
Que assim como eu
A natureza renasce
Se refaz
Se reinventa
E se emprenha
Fazendo amor
Consigo mesma.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
domingo, 4 de setembro de 2011
Madura
Esse é meu tempo de madurar
Não de ficar mais doce
mas sim de apurar sabores
Eis que entro em plena safra
frutada, sumarenta, perfumada
de mim mesma...........................................
Não de ficar mais doce
mas sim de apurar sabores
Eis que entro em plena safra
frutada, sumarenta, perfumada
de mim mesma...........................................
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