domingo, 28 de agosto de 2011

Convite

Que tal bater um papo gostoso, regado a um bom café?
Convido meus leitores e amigos para essa conversa franca sobre a chegada à maturidade com suas dores, alegrias, casos engraçados e observações pessoais.
Vamos falar sobre sentimentos? Vamos expô-los e dividi-los?
Quem sabe assim, o fardo se torna menor?
A entrada é franca e o convite é extensivo também aos cavalheiros interessados em saber mais sobre esta fase "interessante" das mulheres.
Vai ser divertido passar umas horas conversando com vocês.
Convite feito, aguardo todos no Gut Café, na Av. Sete de Setembro, às 19 hs, Jardim Icaraí, dia 01/09, quinta feira.
Até lá!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Amor...



Definição do Amor - Lope de Vega

Desmaiar-se, atrever-se, estar furioso,
áspero, terno, liberal, esquivo,
alentado, mortal, defunto, vivo,
leal, traidor, covarde, valoroso;

não ver, fora do bem, centro e repouso,
mostrar-se alegre, triste, humilde, altivo,
enfadado, valente, fugitivo,
satisfeito, ofendido, receoso;

furtar o rosto ao claro desengano,
beber veneno qual licor suave,
esquecer o proveito, amar o dano;

acreditar que o céu no inferno cabe,
doar sua vida e alma a um desengano,
isto é amor, quem o provou bem sabe.


Fiquei encantada por este poema de Lope de Vega e achei que essa definição de amor cabe em muitos tipos de amar...




sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sonhos

Gostava de sonhar de olhos abertos antes de dormir.
Todas as noites, ao se deitar, fechava os olhos e ficava pensando em coisas das quais gostava...pescava lembranças de quando era criança, da avó, de certas canções de ninar, de leite com chocolate, pedaços pequenos, quadradinhos que mal flutuavam e já se afundavam no líquido branco e denso, fumegando nas noites frias, tornando-o marrom e espesso...Ou do leite com canela, fervente, preparado pela mãe, quando estava resfriada...
Mal fechava os olhos, imaginava-se em lugares distantes. Países, castelos, jardins encantados, pássaros falantes a lhe indicar o caminho. Nos seus sonhos, tudo eram possibilidades, tudo era permitido...
Dormia e sonhava. E sonhava acordada.
Lembrava-se de quando tinha 10 anos e das coisas que mais gostava... Bisbilhotar as portas abertas da vizinhança. Ou de olhar pelas janelas quando passava em frente às casas à caminho da escola. Imaginava a vida lá dentro. Imaginava outras vidas. Imagens. Imaginação.
Hoje, sonhava com noites de autógrafo em livrarias renomadas. Fechava os olhos e se via, assinando, autografando, enquanto a fila, enorme, se estendia diante da mesa com livros ao fundo...E ela, lá, sentada, sorrindo feliz diante dos fãs, com seu livro nas mãos.
Sonhava com caminhos, com trilhas, com ruas onde pudesse caminhar sem medo...Uma cidade na Itália, uma ruela em Roma ou talvez uma ladeira em Sintra? Sentar em frente ao Tejo e olhar o horizonte, satisfeita por ter chegado até ali, por mérito próprio, graças ao seu talento, ao único talento verdadeiramente seu...a escrita...Sem dever nada a ninguém...
Fechou os olhos antes de dormir e sonhou com o possível...

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Atravessemos...

Atravesso.
Parece perto...logo ali
Estico os braços
Abro as mãos
Quase toco.
Sigo.
Ainda não foi dessa vez...
A luz me aguarda
O sol me espera
Tento dirigir meu olhar
Ouso não olhar para trás
Nem desanimar com as nuvens escuras
Procuro a claridade
Procuro um sinal
Olho o reflexo de mim mesma
Na poça do chão
Continuo.
Ainda não foi
Mas em breve
Será...
Atravessemos...
*