Às vezes é preciso coragem pra sair
Outras vezes
é preciso mais coragem
pra ficar
A redoma me protege
ou eu protejo a mim mesma?
A luz aqui de dentro
não me permite olhar estrelas
e, no entanto
elas me vêem
formiga iluminada
sentada ensimesmada
tentando alcançar o que
não vê.
Re doma
Me doma
me segura
me detém
Ou serei eu mesma
a senhora
dona do meu destino
a que não quer
ser dona de nada
e apenas
ser uma formiga
ensimesmada
a sonhar
enquanto vigia
o céu?
Vigília
Estrelas tomam conta de mim
E eu, cega
brinco de me esconder
de mim mesma
Re doma
Me doma
Mil vezes domada
e ainda assim
selvagem
louca
tentando ser eu mesma
mais uma
no firmamento
a brilhar...................
22 comentários:
Eita beleza de poesia!
Eu acho que você é uma formigona, por isso tem que ser domada. hehehehe
Formigona ensimesmada isto sim.
Mas lá no íntimo, uma formiguinha escondida olhando estrelas e sonhando.
Quando esta formiguinha sonha faz versos tão bonitos. adorei!
beijins cariocas
Clap,. clap, clap(isso são aplausos, não lembrei como se represente... o tico e teco ainda estão ausentes pelo frio que congela até a alma aqui)...
Brilhante, Glorinha! E essa imagem me deu uma coisa, uma lembrança dos famosos e antigos "mosquiteiros" que ao entrar sob eles, parecia que iria morrer sufocada!Detestava aquilo,rsr ...
Sempre deixava uma portinha aberta... beijos,lindo dia!chica
Hehehe sou mesmo uma formiguinha ensimesmada, pode crer...abandonei esse blog, tenho que reativá-lo. Vou voltar a escrever poesias nele...coitado tá abandonado...Obrigada Betita, essa imagem é linda né? Me inspirou....
Obrigada Chica, vc sempre a gentileza em pessoa...Jáq eu, Chica, adorava esses cortinados, me imaginava princesa debaixo deles....ai quantas lembranças isso me trouxe! beijos, Muito frio aí, né? Ui, aqui tá uma delícia, adoro....bjs,
OLÁ, QUERIDA
Tem um Mosteiro que vou no ES que ainda possui a tal "redoma"... (pelos mosquitos)... Sabe que não uso porque me dá uma sensação sufocante???
Mas faço minha própria redoma quando necessito... E ela "me doma" como vc disse tão bem...
Bjs de paz
Glorinha,
a redoma pode ser tbém um platô com vista privilegiada donde vc avista as estrelas e é por elas avistada.
Na lindeza de teus versos,domada, no encontro de si mesma, em plena noite estrelada.
Mais uma bela poesia p/ tua já grande coleção de muitas outras belezas.
Um grande bjo,
Calu
Eu adoro esses mosquiteiros Rosélia, desde pequena, sou encantada por eles....beijos,
Calu, querida, Sabe que aos escrever esse poema me lembrei tb de vc....pq às vezes é preciso mais coragem pra ficar do que pra sair....redomas, todos temos minha amiga....só nos resta, através delas, olhar as estrelas....beijos, que tudo dê certo!
Essa poesia querida Glorinha diz muito e tu driblas as palavras com mestria...eu acho... mera impressão, quem sou eu para achar? Que é aquele dilema da leoa e da gatinha...
Beijinhos,
Manú
Estás certíssima amiga Manu...há sempre uma leoa e uma gata a se gadunhar dentro da gente....e nem sempre a leoa vence, apesar da força e das enormes garras e presas...rsrs beijocas,
"uma formiga ensimesmada..." amei!
vim pra ver como podia obter o livro da mais famosa escritora carioca! rs...
vou mandar o email! bjs
Parabens pela linda poesia,uma eterna busca do reconhecimento e da auto poteção.Muito lindo este poetar com excelente jogo e dominio das palavras.
Meu abraço
Grato a Bete pelo excelente link,que me trouxe aqui.
O mundo maravilhoso da intenet.
Belíssima poesia!
Márcia
Hehehe Somnia, me manda um email: criia2@hotmail.com. Eu tenho livros, chegaram mais! beijos,
Obrigada Toninhobira, seja bem vindo a um dos meus blogs...a Betita é uma grande e generosa amiga, beijos,
Oi Márcia, obrigada, beijos,
Glorinha, gostei muito desta sua reflexão .Linda. Redoma é algo que construimos e ás vezes nos protege e quando exageramos nestas proteção acabam por nos aprisionar.bjs
É verdade Eliete querida, mas, como eu disse, às vezes, para ficar debaixo dela é preciso mais coragem do que para sair do aconchego que ela nos dá....obrigada por vir aqui, beijos,
Criamos a redoma, entramos, trancamos a porta. Sair é a maior das batalhas, exige uma chave. E quando desejamos sair, - que chave é essa tão especial, capaz de abrir uma porta que, em verdade, nunca existiu?...
Poema maravilhoso, querida!
Bjs. Inté!
Vim conhecer seu outro blog..que delicia estar aqui tb. Amei, amei.
Oi querida Ju, é preciso uma coragem hercúlea pra sair debaixo da redoma...e creio, não há chave, porque não há porta...somos algozes e prisioneiros de nós mesmos...Obrigada, beijos flor!
Oi Fernanda, como é bom receber elogios. Obrigada querida. beijos,
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