sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Uma mala preciosa


Morar em lugares pobres, sem recursos, fica até meio difícill imaginar que ler possa ser algo interessante ou palpável para estas pessoas que precisam trabalhar o dia todo e que quando chegam cansadas e com seus compromissos caseiros ainda por resolver, tenham ânimo para deslocar-se até uma Biblioteca comunitária, ainda por cima se esta fica 120 metros no ponto mais alto do Morro da Cruz  em Porto Alegre.
Visitar as residências foi então o melhor tipo de comunicação para conquistar leitores e divulgar os eventos que acontecem pela comunidade. 

Jovens, como Maurício Alves por exemplo, levam até os moradores a própria biblioteca.
Foto: Edson Vara
E assim, conversando com um e outro foi descobrindo os gostos e perguntando o que gostam de fazer, sobre as coisas da vida de cada um,  e com isso  indica e leva pessoalmente os livros numa mala de viagem.

Ele conta que até quem diz que não é muito fã de leitura acaba ficando com alguns livros. "Por isso, é importante rechear as malas com muita variedade e não se deixar vencer pelo primeiro ‘não’", diz o rapaz. Com livros de receitas culinárias, ele já conquistou várias donas de casa, que agora também saboreiam as histórias escritas por autores consagrados, como Jorge Amado.

A visão social dele e de outros que trabalham neste lindo projeto é simplesmente grandiosa, louvável e tem semeado cultura de tal forma que hoje movimentam 1,2 mil empréstimos por mês com cinco malas circulando na área, com parte dos 5 mil títulos do acervo. 

Que idéia revolucionária!  Por isso estou trazendo para mostrar por aqui aos amigos, a fim de  que possamos diante de tão belo exemplo,  nos empenharmos também para fazer a nossa parte,  iluminando a vida dos que não conhecem ainda a revolução que a leitura pode fazer aos indivíduos.







*Fonte: Revista Nova Escola









5 comentários:

Anabela Jardim disse...

Na minha opinião esse trabalho pode ser feito dentro de escolas. Há alunos que nunca visitaram a biblioteca e sem ter lido um livro já odeia livros. /antigamente nossos professores estimulavam a leitura e se não desse certo nos obrigava a lê-los para tomarmos gosto.Hoje, se fizerem isso...

simplesmentefascinante disse...

Achei essa noticia maravilhosa e inspiradora.
Realmente quem quer faz, não espera acontecer.
Que sejam abençoados por essa iniciativa e que muitos se sintam contagiados com os exemplos.
Bjs.
Mari

Glorinha L de Lion disse...

Verdade, a Anabella tem razão. As escolas em vez de obrigarem os alunos a lerem livros que não os encorajam a gostar da leitura, e só os lêem por obrigação, deveriam instituir um dia de visita à biblioteca do colégio, pelo menos uma vez por semana. Com teatrinhos, estímulo à leitura, etc. A escola é o melhor lugar pra se encorajar as crianças a gostar de livros. E o trabalho desse rapaz realmente merece aplausos. Muito bom post! bjs,

Patrícia Gomes disse...

Excelente e linda iniciativa!
bem que muitas das mega livrarias existentes no país, poderiam apioar essas causas tb, né.

Xerinhos
Paty

Maria Santos disse...

Adorei o post, uma ótima iniciativa, devemos todos seguir este exemplo.
bjs