Achar meu Norte
Seguir a agulha imantada
Que anda desorientada
Apontando lugares aonde nunca fui
Achar minha rota
Não me desviar do caminho
Não encalhar ou enfrentar rodamoinhos
Contornar obstáculos
Estrela guia dos navegantes
Conduz meu barco
Guia meus passos
Não me afasta de mim
Clareia o céu
Iluminando a trilha
Como um farol
Por onde devo seguir
Agulha imantada
Aponta em meio as ondas
Aquela pela qual devo
Deixar-me levar
Não sou navegante
Sequer sei do mar
Ou de suas marés
Só minha pena é o que possuo
Ergo-a em direção ao horizonte
Ela sim é minha bússola
Só ela pode me trazer
De volta a terra a que pertenço
Só ela é minha guia
Enquanto essa cegueira permanecer.
Café Com Bolo & Poesia
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Setembro
Imagem daqui
Setembro de ventanias
Vento leste
Vento sul
Terral
Tiram tudo do lugar
Varrendo
Expulsando rebentos
Rebentando
A terra
Em cores novas
Novas ideias
Levando o velho
Inovando
O antigo
Limpando as teias
E as almas
O vento sopra e bate portas
As janelas teimam em sacudir-se
Nos varais
As roupas dançam
Quase saindo a bailar
Dão-se as mãos
Os casacos e os vestidos
Num improvável pas de deux
Enquanto a sinfonia
Lufa e sopra
Venta, Setembro
Mês de por tudo
Em desordem
Para depois ordená-las
Mês de abalar
Sacolejar
Trocar
Dar lugar
Ventos de mudança
Assim é Setembro
Em minha Vida
Onde num ano longínquo
Nasci
Mudei
Troquei de pele
Mil vezes
Ouvi janelas e portas
Baterem
Continuamente
E é sempre em Setembro
Que assim como eu
A natureza renasce
Se refaz
Se reinventa
E se emprenha
Fazendo amor
Consigo mesma.
Setembro de ventanias
Vento leste
Vento sul
Terral
Tiram tudo do lugar
Varrendo
Expulsando rebentos
Rebentando
A terra
Em cores novas
Novas ideias
Levando o velho
Inovando
O antigo
Limpando as teias
E as almas
O vento sopra e bate portas
As janelas teimam em sacudir-se
Nos varais
As roupas dançam
Quase saindo a bailar
Dão-se as mãos
Os casacos e os vestidos
Num improvável pas de deux
Enquanto a sinfonia
Lufa e sopra
Venta, Setembro
Mês de por tudo
Em desordem
Para depois ordená-las
Mês de abalar
Sacolejar
Trocar
Dar lugar
Ventos de mudança
Assim é Setembro
Em minha Vida
Onde num ano longínquo
Nasci
Mudei
Troquei de pele
Mil vezes
Ouvi janelas e portas
Baterem
Continuamente
E é sempre em Setembro
Que assim como eu
A natureza renasce
Se refaz
Se reinventa
E se emprenha
Fazendo amor
Consigo mesma.
domingo, 4 de setembro de 2011
Madura
Esse é meu tempo de madurar
Não de ficar mais doce
mas sim de apurar sabores
Eis que entro em plena safra
frutada, sumarenta, perfumada
de mim mesma...........................................
Não de ficar mais doce
mas sim de apurar sabores
Eis que entro em plena safra
frutada, sumarenta, perfumada
de mim mesma...........................................
domingo, 28 de agosto de 2011
Convite
Que tal bater um papo gostoso, regado a um bom café?
Convido meus leitores e amigos para essa conversa franca sobre a chegada à maturidade com suas dores, alegrias, casos engraçados e observações pessoais.
Vamos falar sobre sentimentos? Vamos expô-los e dividi-los?
Quem sabe assim, o fardo se torna menor?
A entrada é franca e o convite é extensivo também aos cavalheiros interessados em saber mais sobre esta fase "interessante" das mulheres.
Vai ser divertido passar umas horas conversando com vocês.
Convite feito, aguardo todos no Gut Café, na Av. Sete de Setembro, às 19 hs, Jardim Icaraí, dia 01/09, quinta feira.
Até lá!
Convido meus leitores e amigos para essa conversa franca sobre a chegada à maturidade com suas dores, alegrias, casos engraçados e observações pessoais.
Vamos falar sobre sentimentos? Vamos expô-los e dividi-los?
Quem sabe assim, o fardo se torna menor?
A entrada é franca e o convite é extensivo também aos cavalheiros interessados em saber mais sobre esta fase "interessante" das mulheres.
Vai ser divertido passar umas horas conversando com vocês.
Convite feito, aguardo todos no Gut Café, na Av. Sete de Setembro, às 19 hs, Jardim Icaraí, dia 01/09, quinta feira.
Até lá!
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Amor...
Definição do Amor - Lope de Vega
Desmaiar-se, atrever-se, estar furioso,
áspero, terno, liberal, esquivo,
alentado, mortal, defunto, vivo,
leal, traidor, covarde, valoroso;
não ver, fora do bem, centro e repouso,
mostrar-se alegre, triste, humilde, altivo,
enfadado, valente, fugitivo,
satisfeito, ofendido, receoso;
furtar o rosto ao claro desengano,
beber veneno qual licor suave,
esquecer o proveito, amar o dano;
acreditar que o céu no inferno cabe,
doar sua vida e alma a um desengano,
isto é amor, quem o provou bem sabe.
Fiquei encantada por este poema de Lope de Vega e achei que essa definição de amor cabe em muitos tipos de amar...
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Sonhos
Gostava de sonhar de olhos abertos antes de dormir.
Todas as noites, ao se deitar, fechava os olhos e ficava pensando em coisas das quais gostava...pescava lembranças de quando era criança, da avó, de certas canções de ninar, de leite com chocolate, pedaços pequenos, quadradinhos que mal flutuavam e já se afundavam no líquido branco e denso, fumegando nas noites frias, tornando-o marrom e espesso...Ou do leite com canela, fervente, preparado pela mãe, quando estava resfriada...
Mal fechava os olhos, imaginava-se em lugares distantes. Países, castelos, jardins encantados, pássaros falantes a lhe indicar o caminho. Nos seus sonhos, tudo eram possibilidades, tudo era permitido...
Dormia e sonhava. E sonhava acordada.
Lembrava-se de quando tinha 10 anos e das coisas que mais gostava... Bisbilhotar as portas abertas da vizinhança. Ou de olhar pelas janelas quando passava em frente às casas à caminho da escola. Imaginava a vida lá dentro. Imaginava outras vidas. Imagens. Imaginação.
Hoje, sonhava com noites de autógrafo em livrarias renomadas. Fechava os olhos e se via, assinando, autografando, enquanto a fila, enorme, se estendia diante da mesa com livros ao fundo...E ela, lá, sentada, sorrindo feliz diante dos fãs, com seu livro nas mãos.
Sonhava com caminhos, com trilhas, com ruas onde pudesse caminhar sem medo...Uma cidade na Itália, uma ruela em Roma ou talvez uma ladeira em Sintra? Sentar em frente ao Tejo e olhar o horizonte, satisfeita por ter chegado até ali, por mérito próprio, graças ao seu talento, ao único talento verdadeiramente seu...a escrita...Sem dever nada a ninguém...
Fechou os olhos antes de dormir e sonhou com o possível...
Todas as noites, ao se deitar, fechava os olhos e ficava pensando em coisas das quais gostava...pescava lembranças de quando era criança, da avó, de certas canções de ninar, de leite com chocolate, pedaços pequenos, quadradinhos que mal flutuavam e já se afundavam no líquido branco e denso, fumegando nas noites frias, tornando-o marrom e espesso...Ou do leite com canela, fervente, preparado pela mãe, quando estava resfriada...
Mal fechava os olhos, imaginava-se em lugares distantes. Países, castelos, jardins encantados, pássaros falantes a lhe indicar o caminho. Nos seus sonhos, tudo eram possibilidades, tudo era permitido...
Dormia e sonhava. E sonhava acordada.
Lembrava-se de quando tinha 10 anos e das coisas que mais gostava... Bisbilhotar as portas abertas da vizinhança. Ou de olhar pelas janelas quando passava em frente às casas à caminho da escola. Imaginava a vida lá dentro. Imaginava outras vidas. Imagens. Imaginação.
Hoje, sonhava com noites de autógrafo em livrarias renomadas. Fechava os olhos e se via, assinando, autografando, enquanto a fila, enorme, se estendia diante da mesa com livros ao fundo...E ela, lá, sentada, sorrindo feliz diante dos fãs, com seu livro nas mãos.
Sonhava com caminhos, com trilhas, com ruas onde pudesse caminhar sem medo...Uma cidade na Itália, uma ruela em Roma ou talvez uma ladeira em Sintra? Sentar em frente ao Tejo e olhar o horizonte, satisfeita por ter chegado até ali, por mérito próprio, graças ao seu talento, ao único talento verdadeiramente seu...a escrita...Sem dever nada a ninguém...
Fechou os olhos antes de dormir e sonhou com o possível...
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Atravessemos...
Atravesso.
Parece perto...logo ali
Estico os braços
Abro as mãos
Quase toco.
Sigo.
Ainda não foi dessa vez...
A luz me aguarda
O sol me espera
Tento dirigir meu olhar
Ouso não olhar para trás
Nem desanimar com as nuvens escuras
Procuro a claridade
Procuro um sinal
Olho o reflexo de mim mesma
Na poça do chão
Continuo.
Ainda não foi
Mas em breve
Será...
Atravessemos...
*
Parece perto...logo ali
Estico os braços
Abro as mãos
Quase toco.
Sigo.
Ainda não foi dessa vez...
A luz me aguarda
O sol me espera
Tento dirigir meu olhar
Ouso não olhar para trás
Nem desanimar com as nuvens escuras
Procuro a claridade
Procuro um sinal
Olho o reflexo de mim mesma
Na poça do chão
Continuo.
Ainda não foi
Mas em breve
Será...
Atravessemos...
*
terça-feira, 5 de julho de 2011
Redoma
Às vezes é preciso coragem pra sair
Outras vezes
é preciso mais coragem
pra ficar
A redoma me protege
ou eu protejo a mim mesma?
A luz aqui de dentro
não me permite olhar estrelas
e, no entanto
elas me vêem
formiga iluminada
sentada ensimesmada
tentando alcançar o que
não vê.
Re doma
Me doma
me segura
me detém
Ou serei eu mesma
a senhora
dona do meu destino
a que não quer
ser dona de nada
e apenas
ser uma formiga
ensimesmada
a sonhar
enquanto vigia
o céu?
Vigília
Estrelas tomam conta de mim
E eu, cega
brinco de me esconder
de mim mesma
Re doma
Me doma
Mil vezes domada
e ainda assim
selvagem
louca
tentando ser eu mesma
mais uma
no firmamento
a brilhar...................
Outras vezes
é preciso mais coragem
pra ficar
A redoma me protege
ou eu protejo a mim mesma?
A luz aqui de dentro
não me permite olhar estrelas
e, no entanto
elas me vêem
formiga iluminada
sentada ensimesmada
tentando alcançar o que
não vê.
Re doma
Me doma
me segura
me detém
Ou serei eu mesma
a senhora
dona do meu destino
a que não quer
ser dona de nada
e apenas
ser uma formiga
ensimesmada
a sonhar
enquanto vigia
o céu?
Vigília
Estrelas tomam conta de mim
E eu, cega
brinco de me esconder
de mim mesma
Re doma
Me doma
Mil vezes domada
e ainda assim
selvagem
louca
tentando ser eu mesma
mais uma
no firmamento
a brilhar...................
terça-feira, 21 de junho de 2011
Na Esquina do Tempo Ganha o Mundo!
Estou muito feliz e queria dividir com vocês! Meu livro está rodando o Brasil. Já foi vendido do Oiapoque ao Chuí e também vai ganhando o mundo!
Está no Japão, na Áustria, em Portugal, na Itália, na Alemanha, na França...Amigos que têm comprado e dado de presente, muita gente mesmo me dando um retorno muito bacana, dizendo que adorou, que leu e releu, presenteando amigas!
Em breve, sai o meu romance que está quase no final...Obrigada a todos que têm me ajudado na divulgação e no incentivo.
Grande beijo!
Está no Japão, na Áustria, em Portugal, na Itália, na Alemanha, na França...Amigos que têm comprado e dado de presente, muita gente mesmo me dando um retorno muito bacana, dizendo que adorou, que leu e releu, presenteando amigas!
Em breve, sai o meu romance que está quase no final...Obrigada a todos que têm me ajudado na divulgação e no incentivo.
Grande beijo!
domingo, 5 de junho de 2011
Meus Cães, Anjos que me Guardam...
Chicão ou João Francisco
Chiquinha ou Maria Francisca
Cléo, a mãe dos dois
Meus três sheepdogs são as coisas mais lindas, companheiras e amorosas do mundo. Meus anjos, zelando e velando por mim...Aonde eu estou, eles estão. Se fico doente, não saem do meu lado. Se escrevo, ficam deitados, no chão do escritório, o dia todo.
No máximo, vão até à varanda ver as modas, latir para os outros cachorros ou para alguém que passe...
São meus amigos mais fiéis e leais. Me amam incondicionalmente...no dia em que os perder nem sei o que farei da minha vida.
Tem gente que não entende esse amor desmesurado de alguns humanos por seus cães. Só quem tem cães dentro de casa, entende esse amor de que falo.
Eu me divirto com eles, eles falam comigo e entendem tudo o que eu digo. Fazem-me companhia nessa minha vida solitária de escritora. E eu adoro essa solidão. Sinto falta dela, nos finais de semana, quando tem sempre gente entrando e saindo.
Eles me entendem mais do que qualquer ser humano, até mesmo meus filhos. Quando choro, se achegam para perto, quando estou muito triste, seu olhar fica triste também...são pára raios das minhas emoções...sabem tudo, sentem tudo...Captam perigos, sons, ameaças.
Eu os amo, como talvez ame bem poucas pessoas nessa vida. Pena que a vida dos cães é tão curta, deveriam durar tanto quanto seus donos, assim nem uns nem outros sofreriam quando chegasse a hora da perda.
Chiquinha ou Maria Francisca
Cléo, a mãe dos dois
Meus três sheepdogs são as coisas mais lindas, companheiras e amorosas do mundo. Meus anjos, zelando e velando por mim...Aonde eu estou, eles estão. Se fico doente, não saem do meu lado. Se escrevo, ficam deitados, no chão do escritório, o dia todo.
No máximo, vão até à varanda ver as modas, latir para os outros cachorros ou para alguém que passe...
São meus amigos mais fiéis e leais. Me amam incondicionalmente...no dia em que os perder nem sei o que farei da minha vida.
Tem gente que não entende esse amor desmesurado de alguns humanos por seus cães. Só quem tem cães dentro de casa, entende esse amor de que falo.
Eu me divirto com eles, eles falam comigo e entendem tudo o que eu digo. Fazem-me companhia nessa minha vida solitária de escritora. E eu adoro essa solidão. Sinto falta dela, nos finais de semana, quando tem sempre gente entrando e saindo.
Eles me entendem mais do que qualquer ser humano, até mesmo meus filhos. Quando choro, se achegam para perto, quando estou muito triste, seu olhar fica triste também...são pára raios das minhas emoções...sabem tudo, sentem tudo...Captam perigos, sons, ameaças.
Eu os amo, como talvez ame bem poucas pessoas nessa vida. Pena que a vida dos cães é tão curta, deveriam durar tanto quanto seus donos, assim nem uns nem outros sofreriam quando chegasse a hora da perda.
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